Praias e Habitação de Veraneio no Séc. XIX

No século XIX, a aristocracia e a burguesia endinheirada implementam no seu quotidiano os hábitos de “mudar de ares” e “ir a banhos”. Novas zonas de veraneio vão nascendo e constroem-se belas moradias à beira-mar. A mais fina sociedade edifica palacetes de linhas aristocráticas, enquanto os novos ricos constroem chalés ao estilo suíço.

Paço de Arcos, localidade de eleição para os prazeres do veraneio da aristocracia, é também local preferido para passeios a pé pelo campo, onde se organizavam piqueniques ou eventos de caça.

Segue-se uma época de grande desenvolvimento, belos palacetes são construídos à beira-mar e, em 1880, é inaugurada a avenida Marquês de Pombal, onde não faltavam cavalheiros e senhoras passeando e exibindo as suas toiletes exímias, onde não podia faltar o chapéu e a sombrinha…

Nos finais do século XIX, com a construção da linha férrea, os veraneantes vão abrindo as hipóteses de chegar a outros destinos. Nesta época, muitos chalés são construídos na vila de Oeiras e o Casino Éden é inaugurado. A praia de Santo Amaro passa a ser muito frequentada por banhistas e veraneantes “da burguesia modesta, simpática, sem pretensões, que prefere a comodidade limpa ao luxo enxovalhado, a simplicidade do gosto moderno aos europeus do gosto antigo” (Memórias da Linha de Cascais, p.188)